Benefícios do uso eficiente da água no cultivo da cana-de-açúcar

O cultivo da cana-de-açúcar no Brasil é a cultura que apresenta a maior área irrigada. Por isso mesmo, é importante conhecer técnicas sobre o uso eficiente da água - um tema vital não só para o agronegócio como para a sociedade em geral.

O Instituto Agronômico (IAC), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, dá algumas orientações aos produtores de cana, levando em conta os princípios da produtividade agrícola e conceitos de sustentabilidade.

A irrigação na cultura da cana pode ser utilizada com diferentes enfoques, que envolvem a irrigação de salvamento, a deficitária, a complementar às chuvas e a irrigação plena. A maior área irrigada de cana é para fins de irrigação de salvamento, o que significa grandes áreas com aplicação de pequenas lâminas de irrigação, representando um baixo consumo de água por unidade de área.

Apesar de pequenas, as lâminas de irrigação são muito relevantes, porque são aplicadas em épocas críticas para favorecer a rebrota da cana após o corte e com isto garantir o estabelecimento do canavial com boa população de plantas para o ciclo seguinte. No contexto da agricultura irrigada, é relevante considerar que cerca de 90% da água consumida pelas plantas retorna para a atmosfera, de forma limpa, por vapor devido à transpiração das plantas.

Vantagens da irrigação

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Cafeicultor investe em irrigação eficiente e espera aumentar produtividade em 40%

Impactados pela crise hídrica que assolou a produção de café conilon no Espírito Santo, a Fazenda Vitório Orletti, em Pinheiros (ES), apostou na irrigação por gotejamento para melhorar a gestão da água na propriedade e impulsionar a produção

A Fazenda, bastante tradicional no cultivo de conilon, está localizada no extremo norte do estado, uma das regiões mais desenvolvidas do agronegócio capixaba. Com espírito empreendedor, a família Orletti buscou alternativas viáveis para manter a produção de café de qualidade diante das adversidades climáticas.

Desde a seca que derrubou a produção de conilon em 2016, a Fazenda Vitório percebeu a necessidade de melhorar a gestão da água na propriedade. Os investimentos visam substituir outros métodos de irrigação para irrigação localizada por gotejamento. “Inicialmente nossa ideia era economizar água, já que temos um grande problema de falta de água na região. Porém, depois vislumbramos que seria possível potencializar a produtividade também, tudo isso utilizando menos água no mesmo espaço”, ressalta o cafeicultor, Thiago Orletti.

O projeto de irrigação localizada será implementado inicialmente em 10% da área total. Segundo Orletti a expectativa é de que a produção suba para 100 sacas por hectares em média, um avanço de 40% frente a produtividade atual da fazenda. A conclusão está prevista para março de 2018.

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